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Brasileiro Thiago Ávila vai para solitária em prisão de Israel

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Os advogados que fazem a defesa do ativista brasileiro Thiago Ávila, em Israel, informaram que ele foi colocado em confinamento solitário e transferido para outra prisão separada dos demais ativistas presos. A organização de direitos humanos Adalah, que faz a defesa dos detidos, informou que Thiago foi punido com a solitária por ter iniciado uma greve de fome pela sua libertação.

“[A defesa] informa que Israel ameaçou deixá-lo na solitária por 7 dias em uma cela escura, pequena, sem ar e sem o a ninguém”, diz comunicado da Flotilha da Liberdade Brasil, entidade que organizou a missão humanitária para a Faixa de Gaza. O caso é considerado crime de guerra pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos.

A defesa sustenta que eles não cometeram qualquer crime e que foram sequestrados por Israel já que a interceptação do barco que levava alimentos e remédios a Gaza ocorreu em águas internacionais. Os advogados da Adalah pedem a libertação imediata de todos os oito ativistas e solicitam o fim das ações de retaliação.

“Thiago Ávila foi colocado em isolamento na prisão de Ayalon por causa de sua greve de fome e sede, que começou há dois dias. Ele também tem sido tratado agressivamente pelas autoridades prisionais, apesar de que não tenha escalado para uma agressão física”, diz informe da coalizão que tentou furar o bloqueio de Israel contra Gaza.

 

Na manhã de hoje (11), o Judiciário israelense decidiu deportar o brasileiro em prazo que vence nesta quinta-feira (12). Porém, não foi definido qualquer horário para deportação.

Brasília (DF), 15/10/2023,  O socioambientalista Thiago Ávila, durante aula pública Pró-Palestina, na asa norte em Brasília. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasileiro Thiago Ávila e mais 11 ativistas foram presos pela Marinha israelense – Foto: Rafa Neddermeyer/Arquivo/Agência Brasil

A esposa de Thiago, Laura Souza, disse que, poucas horas após ser informada da decisão sobre a deportação, recebeu nova ligação da advogada informando sobre a transferência para a cela solitária.

“Há informações conflitantes. Eles estão dizendo que ele partirá no próximo voo e depois marcando uma audiência para julho. Então, estou muito nervosa e não sei bem o que está acontecendo”, lamentou em uma rede social.

O brasileiro e outros 11 ativistas foram presos pela Marinha israelense enquanto tentavam desembarcar na Faixa de Gaza, que há mais de três meses sofre com um bloqueio israelense que impõe fome a quase 2 milhões de palestinos.

Outra ativista, a euro-deputada franco-palestina Rima Hassan também teria sido colocada em solitária após escrever “Palestina Livre” na parede da cela. Porém, posteriormente, a Flotilha informou que ela retornou para prisão de Givon, onde estão os demais ativistas presos. Já Thiago permanece na solitária.

“O ato de isolamento e transferência para diferentes prisões constituem uma séria violação dos direitos dos voluntários e uma tentativa clara de exercer a eles uma pressão mental e política”, diz a organização Flotilha da Liberdade.

 

Por: EBC

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